Agressão à natureza e risco de extinção de espécies
A preocupação com o risco de que a construção de estradas, urbanização de cidades e a instalação de empreendimentos produtivos possam levar alguma espécie, animal ou vegetal, à extinção é mais que oportuna, é imprescindível. Correr esse risco é algo que a humanidade precisa e deve evitar a todo e qualquer custo.
No entanto, esse risco requer uma caracterização que, nos níveis técnicos atuais, é possível obter, na grande maioria dos casos. Isto é, com aplicação de modelos tecnológicos já desenvolvidos pode-se aferir onde, como e com que intensidade o risco irá ocorrer ou não.
E o primeiro passo importante para caracterização do risco é diferenciá-lo de agressão. Costuma-se, por falta de informação ou por estratégia política de grupos geralmente ligados ao preservacionismo (que é uma corrente mais ortodoxa do ambientalismo), misturar as agressões à natureza com o risco de extinção de espécies, como se fossem causa e efeito.
O resultado dessa estratégia parece ser algo inusitado. Posto que se a toda e qualquer agressão feita pelo homem à natureza, o resultado inexorável é o risco de extinção de alguma espécie, há somente duas opções: não agredir a natureza de forma alguma ou conviver com o risco.
Como a primeira opção não é factível, nem mesmo para os próprios preservacionistas que, pelo que se saiba, não vivem pelados vagando nas árvores, uma vez que o homem, como um animal que ocupa o topo da cadeia alimentar precisa, obrigatoriamente, interagir com as outras espécies, resta somente a segunda opção.
Conviver com o risco de extinção, apesar de parecer inaceitável, é o que a humanidade tem feito desde os primórdios da industrialização, quando o problema realmente começou a se agravar.
Pior, como a convivência acaba por flexibilizar os conceitos, a humanidade não tem somente aceitado o risco, mas, o mais perigoso, tem se submetido ao sacrifício da extinção propriamente dita. Para não comprometer o padrão de consumo e modelo de vida atuais a humanidade, tem topado ate a abrir mão da existência de uma espécie aqui e outra acolá.
Ao confundir agressão à natureza (o que sempre ocorreu e sempre ocorrerá, em maior ou menor grau, desde que o homem existe), com risco de extinção de espécie (o que pode ou não ocorrer dependendo da adoção ou não de tecnologias apropriadas e do grau de agressão) são colocados nos mesmos níveis de rejeição, atividades produtivas dispares.
Diferenciar as agressões à natureza, de acordo com o risco que elas oferecem para extinção das espécies, talvez seja o primeiro passo para tratar desiguais de maneira diferenciada.
Atividades produtivas a serem instaladas na Amazônia e que dependem do desmatamento para começar a operar (por isso de elevado risco) não podem ser igualadas, aquelas atividades produtivas que dependem da floresta para operar (por isso de menor risco). Evidente que as regras para licenciamento ambiental de uma e outra, deveriam favorecer a segunda em detrimento da primeira, mas não é o que ocorre.
A experiência amazônica, reiteradas vezes, comprovou que a estratégia dos preservacionistas, que coloca no mesmo saco agressões e riscos, trazem como conseqüência o favorecimento do desmatamento e a inibição da atividade florestal.
O que, por sinal, para eles parece não ter o menor problema, pois afinal: as populações é que não deveriam estar lá.
Ecio Rodrigues é Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal, Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB). Artigo publicado em 23/03/2009.
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A globalização e a busca cada vez maior por riquezas, o uso indiscriminado de combustíveis fósseis, as devastações florestais, ocorridas nas Américas e na Europa, durante séculos, as absurdas agressões ao eco sistema, que controla o clima e dá sustentabilidade ao Planeta, o efeito estufa, causado pela emissão de gazes, vêm afetando e desequilibrando significativamente o clima na Terra.As grandes massas de gelo começam a derreter, aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras. Furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido, viram desertos. A vida na Terra fica ameaçada.Isso pode ser constatado ao assistir a qualquer canal de TV no mundo, ou na leitura de jornais e internet. Nos últimos cem anos, a temperatura na Terra, alterou-se em aproximadamente 0,7º C. Não parece muito, mas é o bastante para afetar o clima do planeta como um todo, podendo causar o aquecimento das calotas polares, ocasionando o derretimento das grandes geleiras polares, o que conseqüentemente, faz aumentar o volume de água nos mares, ilhas tem sido fustigadas por maremotos e terremotos e algumas quase sumiram do mapa, em certos lugares do mundo, grandes catástrofes estão acontecendo, como em Mianmar e na China ultimamente, ceifando milhares de vidas e causando prejuízos incalculáveis às comunidades.Assisti, há algum tempo, um filme, “O dia depois de amanhã”, uma ficção interessante, que trata justamente sobre este assunto. É apenas um filme, mas serve de alerta tanto para nós como para as autoridades.A Terra tem sido agredida há séculos, e as catástrofes que estamos assistindo, não são outra coisa, senão o revide da Natureza ressentida com essas agressões. A Natureza é uma coisa viva e qualquer ser vivo agredido ou machucado tem a tendência de defender-se e agredir nesta defesa, é isso que está acontecendo. O homem não tem como controlar os elementos, a Natureza é autônoma e indomável e pode destruir a humanidade.Em 2030, seremos sobre a Terra, cerca de 10 bilhões de seres humanos. Fico imaginando que tipo de vida teremos. Se algo não for feito “agora”, a vida das pessoas no futuro será um inferno, mas na extensão da palavra, pois, com o aquecimento global, a temperatura em 30 anos, poderá ter subido uns 3 graus, muitas cidades costeiras, hoje grandes metrópoles, provavelmente sumirão ou terão parte de seus territórios invadidos pelo mar.Algo precisa ser feito para prevenir futuros cataclismos. Cuidar A globalização e a busca cada vez maior por riquezas, o uso indiscriminado de combustíveis fósseis, as devastações florestais, ocorridas nas Américas e na Europa, durante séculos, as absurdas agressões ao eco sistema, que controla o clima e dá sustentabilidade ao Planeta, o efeito estufa, causado pela emissão de gazes, vêm afetando e desequilibrando significativamente o clima na Terra.As grandes massas de gelo começam a derreter, aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as zonas costeiras. Furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido, viram desertos. A vida na Terra fica ameaçada.Isso pode ser constatado ao assistir a qualquer canal de TV no mundo, ou na leitura de jornais e internet. Nos últimos cem anos, a temperatura na Terra, alterou-se em aproximadamente 0,7º C. 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PEQUENAS AÇÕES POR UM MUNDO DE PAZ
Cabe a nós, seres humanos,
Cuidar do planeta para que as
Demais espécies não sejam prejudicadas e continuem
Existindo, proporcionando
Beleza, vida e harmonia.
Ensine às crianças,
Desde cedo, a proteger
E cuidar “das
Formigas às flores”.
Cada ser vivo, por menor e mais
Diferente que seja,
tem uma função
importante para a
Natureza.
Revista Ecologia Integral – nº 16 – p.27.
“AS DORES DO MUNDO”
Sinto bem fundo
Todas as dores do mundo.
Só que meu poema
Não conseguiu tocar
Em feridas maiores.
Abro os jornais
E leio e choro e me arrepio
Com a fome,
Com a guerra,
Com a AIDS,
Com a violência,
Com a destruição
Do verde e da vida.
Cantigas de adolescer, Elias José.
Sinto bem fundo
Todas as dores do mundo.
Só que meu poema
Não conseguiu tocar
Em feridas maiores.
Abro os jornais
E leio e choro e me arrepio
Com a fome,
Com a guerra,
Com a AIDS,
Com a violência,
Com a destruição
Do verde e da vida.
Cantigas de adolescer, Elias José.
PEQUENAS AÇÕES POR UM MUNDO DE PAZ
Cabe a nós, seres humanos,
Cuidar do planeta para que as
Demais espécies não sejam prejudicadas e continuem
Existindo, proporcionando
Beleza, vida e harmonia.
Ensine às crianças,
Desde cedo, a proteger
E cuidar “das
Formigas às flores”.
Cada ser vivo, por menor e mais
Diferente que seja,
tem uma função
importante para a
Natureza.
Revista Ecologia Integral – nº 16 – p.27.
Cabe a nós, seres humanos,
Cuidar do planeta para que as
Demais espécies não sejam prejudicadas e continuem
Existindo, proporcionando
Beleza, vida e harmonia.
Ensine às crianças,
Desde cedo, a proteger
E cuidar “das
Formigas às flores”.
Cada ser vivo, por menor e mais
Diferente que seja,
tem uma função
importante para a
Natureza.
Revista Ecologia Integral – nº 16 – p.27.